quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Poema " O rio São Francisco"



A importância do Rio São Francisco é tão grande que diversos músicos, pintores e escritores se inspiram no “Velho Chico” para a realização de suas obras. Temos como exemplo essa poesia “o rio São Francisco”, de autoria de Silvana Maria Nogueira Leite.

O rio São Francisco

O rio São Francisco é uma riqueza
Nasce lá na Serra da Canastra
Corta serras, matas e vales.
Desenha o seu percurso na natureza.
Passa por aqui e banha nossa região
Serve ao povo sua água pura
Mata a sede e molha a agricultura
E ainda, faz caminho através da navegação.
É um rio que só traz alegrias
Para as famílias do sertão.
E, agora vem o homem
Falar em transposição
Levar as águas do rio
Para outras regiões
Que hoje sentem falta d'água
Nas casas, açudes e plantações
Devido aos problemas causados
Pelas queimadas, desmatamentos e poluições
Feitos de maneira aleatórias
No nosso "Grande Sertão Veredas"
Mudando assim a história
Que um dia falou das grandezas.


Agora é a vez de vocês:
 Para vocês qual a importância do Rio São Francisco?

sábado, 10 de outubro de 2015

Pinturas rupestres na bacia do rio São Francisco


Uma das primeiras formas do ser humano deixar vestígios foi através da pintura. A arte rupestre é a maneira que os povos pré-históricos tinham de ilustrar seus sonhos e as cenas do seu próprio cotidiano.
A bacia hidrográfica do rio São Francisco foi povoada por esses povos da pré-história. O rio era o centro de atração e seu caminho natural, e, por isso, é possível encontrar na região não só pinturas rupestres, mas peças de arte rupestre, esqueletos humanos e diversos utensílios pré-históricos.
Nos municípios Canindé do São Francisco, Januária, Pompéu e até na Serra da Canastra é possível observar essas pinturas. Mas é preciso conscientização sobre a preservação dessas artes, principalmente com a exploração de minerais feitas de forma ilegal, ela causa danos irreparáveis à história e ao meio ambiente.

Lendas do Velho Chico

“O Minhocão”
Acreditem. Pode botar fé, mas ele existe. Há no Rio São Francisco um minhocão tão grande, que faz tremer o mais forte dos gigantes.
Há quem diga, que ele vive lá no fundo do rio, e quando se zanga ele sobe, vem para lâmina d’água e sua melhor ocupação é ficar debaixo dos vapores (navios) barcos, lanchas, canoas e ajoujos, suspende-os e daí naufraga-os. É o terror dos marinheiros, comandantes, barqueiros, canoeiros...
Todos temem o terrível minhocão.
“O Caboclo D’Água ”
Ele vive nas águas do nosso querido Velho Chico.
É forte, moreno, e dizem que é bonitão, para outros ele é horrível. Tem um olho no meio da testa, é batuqueiro. Sua maior diversão é fazer animados batuques nas coxias das barcas e proas dos vapores e popa das canoas.
Quem já o viu, conta que ele usa um cocar de penas de ema, tornando-se assim mais bonito e misterioso.
Costuma pedir fumo, e carregar moças bonitas para o fundo do rio e os marinheiros para torna-los escravos.
Tem boa voz e o seu canto, encanta.
“Lendas do Velho Chico”

“Lontras”
As lontras são bonitas e moram no Rio São Francisco.
São exímias nadadeiras.Nadam bem e bonito.
Elas são cobiçadas. Seu pelo é marrom, macio tal qual um belo veludo. Muitos chegam a confundi-las com o Nego D’água, quando estão fazendo piruetas nas andanças em natação.
Dizem que, quem vê uma Lontra é sinal de boa sorte, e um futuro feliz.
As bonitas prenunciam sorte, felicidade, fortuna e muito verde no sertão.
Vê-las é um começo de vida feliz.
“Lendas do Velho Chico”

“Mãe D’água”
Mãe D’água é, Mãe D’água, á.
Me leva, me leva pro fundo do rio, pro fundo do rio que lá eu quero ficar-á-á-á...”
A Mãe D’água vive no fundo do rio, lá no seu palácio encantado, e se veste com lindos vestidos da cor do céu, das águas, e cheios de estrelinhas vindas do céu e também de peixinhos do rio e outros vindo domar. Um encanto!
A Mãe D’água é linda, tem cabelos louros, que ora ficam pretos também. Seu sorriso é brilhante e sua voz divina. Seu canto é ouvido ate longas distâncias. É um canto que encanta.
No mar ela recebe o nome de Janaína, Senhora do mar, e Yemanjá. Nos rios, lagos, outros a chamam de Oxum, Oxum Apara, e aqui no Rio São Francisco nós a conhecemos como a Mãe D’água.
Sendo rainha das águas, ela vem com o seu canto conquistar homens para os seus domínios. Quem vai, não voltará jamais. Sendo uma mulher do rio, uma linda mulher e rainha, visita as lavadeiras e só com o seu sorriso e olhar poderá ajuda-las nas pesadas tarefas da lavagem de roupas.
Quem saber, algumas lavadeiras do Angary e do Mourão, roça de Yoyô me contaram muitas estórias da Mãe D’água aqui em Juazeiro. Elas me falaram que já viram a Mãe D’água diversas vezes, conversam com ela, têm momentos felizes e para agradecer as visitas, compram sabonetes, perfumes, rosas, anéis, colares, espelhos, e levam para ofertar e o fazem cantando, depositando como carinho os presentes nas águas do rio, e no memento das oferendas as ondas do rio ficam agitadas, fazem maretas mesmo, embelezando mais o Angary, o rio, o local onde ela aparece.
Os beiradeiros, ribeirinhos, homens do rio, canoeiros, barqueiros, remeiros, pescadores, paqueteiros, marinheiros e lavadeiras amam a bela Mãe D’água e têm por ela muito carinho.

“Lendas da Serpente da Ilha do Fogo”
Há muitos anos morava na cidade de Juazeiro uma família que tinha uma filha muito bonita, e ela nem percebia que era possuidora de tão grande beleza.
Mas certo dia, indo passear e ver o Rio São Francisco, ela chegou bem perto das águas que naquela hora estavam cristalinas, tal qual um espelho e que fez a jovem ? Ficou a mirar-se nas águas e vendo o seu rosto, sentiu o quanto era bela e ficou e orgulhosa da sua beleza, a tal ponto que esqueceu da hora, dos pais, da sua casa, e ao badalar do sino, às, dezoito horas, hora da Ave Maria, ela começou a sentir estranhas e aos poucos foi se transformando em uma terrível serpente, que nadando atravessou o rio e foi se alojar debaixo do morro que há na Ilha do Fogo, que fica em frente a cidade de Juazeiro.
Há quem diga, que esta terrível serpente até hoje está sob o morro com olhos de fogo olhando para Juazeiro, e presa por três fios de cabelo de Nossa Senhora das Grotas, padroeira de nossa Juazeiro, e, se cometerem muitos pecados, muitas injustiças sociais, a serpente se revoltará, e o fio de cabelo poderá partir, a serpente se soltará, se transformará num a enorme baleia e Juazeiro se transformará numa enorme baleia e Juazeiro se transformará numa câmara de baleia...
A serpente da ilha do fogo continua sob o morro olhando Juazeiro com seus olhos de fogo... Vigiando... Vigiando... E muito bem. Dizem que dois fios do cabelo já partiram. Resta apenas um...
“O Nego D’água”
Para alguns ribeirinhos, moradores ao longo da carreira grande isto é, de Juazeiro da Bahia à Pirapora – MG, o Nego D’água mora no Rio São Francisco, trecho navegável de Juazeiro a Pirapora.

Lendas do Rio São Francisco, acreditam?


quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Localização e informações geográficas do Rio São Francisco

rio São Francisco popularmente conhecido como Velho Chico nasce na Serra da Canastra (a uma altitude de aproximadamente 1200 m) em Minas Gerais. Atravessa os estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas e depois de 2.863 quilômetros deságua no Oceano Atlântico.
Bacia Hidrográfica do São Francisco

O Velho Chico, possui uma grande importância econômica, social e cultural na região por onde passa, é através dele que diversas regiões se integram, é usado para navegação, e suas águas irrigam plantações, além da pesca que é um meio de sobrevivência para os ribeirinhos. O Rio São Francisco recebe água de 168 afluentes em sua bacia hidrográfica, os principais são os rios Paraopeba, das Velhas, Abaeté, Jequitaí, Paracatu, Urucuia, Verde Grande, Carinhanha , Corrente e Grande.
O Rio São Francisco está dividido em 4 partes: Alto São Francisco (da nascente até a cidade mineira de Pirapora, possui 702 km de extensão); Médio São Francisco (de Pirapora até a cidade baiana de Remanso, possui 1230 km de extensão); Sub-médio São Francisco (de Remanso até outra cidade baiana chamada Paulo Afonso, possui 440 km de extensão) e Baixo São Francisco (de Paulo Afonso até a desembocadura, este trecho tem 214 km de extensão.

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